
Tudo começa num dia de inverno no Japão numa escola secundária chamada Köri no hana na sala A-2 onde ninguém conhecia o meu nome eu era a garota invisível chamada Roseline o frio congelava a minha essência e coragem eu viva por baixo de várias mantas quentes, tentando me aquecer. A neve caía lá fora e nem os professores sabiam quem eu era.
Chamavam-me de " Line" mesmo quando eu dizia que meu nome era Roseline ainda assim, continuavam a me chamar de "Line".
Aikyo Roseline de 16 anos vivia com a sua mãe Hoshino shimaori de 40 anos que tinha se divorciado do seu pai Aikyo Ikki um homem de 45 anos que agora vivia com a sua namorada Chan Natsumi de apenas 25 anos. A idade não o impedia de flertar com mulheres jovens-sempre gentis, sempre sorridentes.
Na casa do meu pai, eu era apenas mais uma sombra em meio as risadas convesas e o choro constante do bebé da nova companheira dele. O pequeno, com apenas um ano de idade, chorava todas as noites, e aquilo mi, incomodava profundamente. Mas havia algo que me fazia suportar: a vista das janelas altas da casa, a cidade parecia um mar de luzes- vivas coloridas, deslumbrantes. Quando eu olhava para elas, sentia meu coração se acalmar. Era como se minha doçura meu jeito gracioso, florecesse diante daquele espetáculo luminoso. Por alguns minutos, eu esquecia o choro do bebé chorão.
Meu pai e a minha madrasta reviravam tudo à procura do brinquedo favorito do bebé e eu em silêncio, evitava até mesmo tocá-lo.
Mas nem tudo dura para sempre a beleza das luzes da cidade, meu pequeno refúgio, foi rapidamente despedaçado.
Tudo em mim parecia querer. Um impulso me fez olhar para a janela, cogitando...pular. Foi nesse momento que ouvi a voz do meu pai, aspera e impaciente.
-Roseline, vem nos ajudar!
Estava estressado, como sempre. Gritava comp se eu tivesse alguma obrigação naquele caos.
"Eu por acaso pedi um irmãozinho", pensei, com uma calma desfarçada.
Mas por dentro, a raiva fervei. Eu queria gritar, queria esganá-lo queria desaparecer dali.
Fui obrigada a ajudar vasculhando a casa inteira. Os brilhos vivos dos meus olhos, antes cheios de cores, agora eram sombras-preto, vazio, um sofrimento sem fim.
Passaram-se apenas alguns segundos até que minha queridíssima madrasta ao olhar para as próprias mãos, notou algo entre os seus dedos finos e bem cuidados as mesmas mãos que o meu pai mandava para o salão de manicure todos os fins de semana.
Foi ali que ela encontrou o brinquedo do bebé.
Aquela atitude só me faz questionar, mais uma vez: porque alguém como meu pai se envolveria com alguém como ela? Ah, claro..já sei pelo corpo. Não que ela tivesse seios grandes-na verdade, mal tinha-mas aquele traseiro caía como uma luva em qualquer vestidinho que colocasse.
Ela olhou para mim com aquele sorriso falso, forçado, e disse com a voz mais doce que conseguia forjar:
-Mim desculpe, eu sou tão esquecida...
Até de longe eu conhecia aquele sorriso. Ela não conseguia me enganar.
Aquela expressão de coitadinha nem eu conseguia engolir.
Depois, com a voz baixa, disse:
-Boa noite, pai.
Mas ele mal me olhou. Não queria saber de mim. Estava satisfeito por finalmente ter um filho, homem, como se isso preenchesse o vazio que a morte de Mitsuka deixava-e a única coisa que parecia passar para o menino era o seu legado de homem safado e aproveitador.
Fui para o meu quarto me senti na cama e peguei o meu celular que estava jogado ao lado do travesseiro. Liguei para a única pessoa que realmente me amava neste mundo.
Minha mãe.
Ela era o oposto de mim: otimista, simples, carismática. Eu sou antissocial, reservada, pessimistam, complicada. Ainda assim combinamos como geleia e manteiga dr amedoim.
E eu a amava mais do que tudo.
Quando atende-o, posso sentir seu sorriso do outro lado da linha:
- Filha! Que saudades tuas! Como são! Como está sendo passar o fim de semana com teu pai?
Respirai fundo, escondido o peso da voz:
-Estou bem, mãe...Esta sendo...muito bom.
Mentira. Eu estava triste. Perdida.
Do nada um portal se abriu no meio do meu quarto. Não era assustador co,o nos filmes. Era...bonito. Um vórtice de cores intensas- rosa bebê, roxo escuro- misturado luz e sombra, como se um outro mundo tentasse me chamar.
E então, do portal, saiu um garoto.
Tinha cabelos azuis-escuros que caíam suavemente pelos seus olhos-olhos da mesma cor, como água profunda refletindo sofrimento. Usava uma camisa branca simples, calças de jeans e tênis.
O medo foi tanto que meu celular escorregou da minha mão e caiu no chão.
Quando tentei descer da cama para pegá-lo, ele foi mais rápido. Pegou o aparelho antes de mim e, sem dizer uma palavra, desligou a chamada.
Depois, olhei direto para os meus olhos e disse:
-É bom finalmente te conhecer, Roseline.
Meu coração desparou. Entrei em pânico. Como ele sabe meu nome?
-C..como você meu nome?-Perguntei, assustado.
Comecei a recuar na cama, com o medo crescendo dentro de mim. Peguei as almofadas e comecei a jogá-las contra ele, uma por uma. Ele desviava com facilidade, sem sequer pedir o equilíbrio.
Num instante, ele estava na minha frente. Mas empurou-me suavemente contra a parede, seus braços fortes cercando meu corpo, impedido que eu fugisse.
Foi tudo o que aconteceu:
Meu primeiro beijo, incerto. Intenso.
Um beijo co, aquele garoto misterioso, lindo, assustador e fascinante.
Minhas forças se esvasíaram. Comecei a cair, mas antes que minha cabeça tocasse no chão, ele me segurou com um dos braços na cama.
E então...tudo escureceu.
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